Por Dhiancarlo
Inaugurado em 2004, o Museu Afro-Brasil é
dedicado à investigação, à conservação e à exposição de objetos com um elo
forte com a cultura negra no Brasil. O
espaço do museu foi projetado por Oscar Niemayer e possui dois andares.
Situa-se no Parque de Ibirapuera em São Paulo, no Pavilhão Padre
Manoel da Nóbrega.
A exposição permanente do museu conta com diversos núcleos:
África – composto
por esculturas e máscaras das sociedades tradicionais africanas;
Escravidão e trabalho – navio negreiro e vários instrumentos e quadros
mostrando a presença do negro em diversos ofícios de trabalho,
instrumentos de tortura;
Religião – insígnias do candomblé, umbanda,
catolicismo e as evidências religiosas na arte;
Núcleo da escravidão doméstica – cartões postais, quadros e
esculturas da figura da ama-de-leite;
Festas – máscaras, fotos e quadros do
maracatu, cavalhada, congada, carnaval;
Artes – o negro na arte barroca
e neoclássica;
Personalidades negras – artistas, engenheiros, arquitetos
intelectuais, jogadores, autoridades religiosas, políticas etc.
Com um acervo de mais de 6 mil obras e uma biblioteca de cerca de
12 mil títulos, o Museu Afro Brasil apresenta as contribuições dos
afrodescendentes para a formação da identidade nacional.
O Museu Afro Brasil é, portanto, um museu histórico que fala das origens, mas atento a identificar na ancestralidade a dinâmica de uma cultura que se renova mesmo na exclusão. Um centro de referência da memória negra, que reverencia a tradição que os mais velhos souberam guardar, mas faz reconhecer os heróis anônimos de grandes e pequenos combates, e os negros ilustres na esfera das ciências, letras e artes, no campo erudito ou popular.
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