Por Kimico Tamura
Para não morrer em vida, juntamente com o seu filho, LUCINHA ARAÚJO organizou um show para angariar fundos para associações que cuidassem de aidéticos, em 17 de outubro de 1990, sem imaginar que ela estava dando o primeiro passo para descobrir o próprio destino. A princípio, a Sociedade Viva Cazuza nasceu para dar apoio aos pacientes com Aids do Hospital Graffrée e Guinle, reformando
enfermarias e berçários, aumentou o número de leitos, forneceu remédios, exames
e cestas básicas para as crianças portadoras do HIV carentes ou as abandonadas pela família por
vergonha ou muitas vezes por ignorar os
efeitos e possíveis contágio da nova doença chamada AIDS.
O Viva Cazuza mantém dois projetos: o primeiro é uma
casa de apoio onde abriga crianças e adolescentes carentes portadoras HIV positivo, encaminhados pelo juizado de
menores, com capacidade para 24 pessoas; e um projeto de adesão ao tratamento, que
atende mensalmente 150 pacientes em tratamento na rede pública de saúde. Atende
também pacientes adultos com HIV, na sua maioria analfabetos, que são
cadastrados e mensalmente recebem cestas básica e apoio no tratamento. O
programa de adesão e tratamento da ONG acompanha pessoas que têm dificuldade
para entender a prescrição médica. Um cartão colorido distribuído pela instituição ajuda
os pacientes analfabetos a identificar os horários e os remédios que devem ser
tomados durante o tratamento. Lucinha explica que a disciplina é fundamental
para o controle da doença. Se o paciente não toma a medicação corretamente, ele
fica vulnerável às doenças oportunistas que fragilizam o HIV positivo.
Lucinha vai pessoalmente nas escolas da Rede Pública
Municipal ou particular à procura
de vagas através de bolsa de estudo para
as crianças e adolescentes que vivem na casa Viva Cazuza, levando conhecimento
com palestras e encontros com os
administradores e os alunos das instituições.
INTEGRAÇÃO SOCIAL: Os adolescentes são preparados
para a sociedade com cursos profissionalizantes na FAETEC, SENAC, INSTITUTO
APRENDER PARA VIVER. Participam também do Vivendo – Encontro Nacional de Pessoas
vivendo com HIV - AIDS, no Rio de Janeiro, visando dar-lhes condições de
trabalhar futuramente na luta pelos direitos dos portadores de HIV - AIDS.
PROJETO CAZUZA, inaugurado em 1997 um espaço dentro da Sociedade Viva Cazuza, o museu mantém viva a obra e a memória do acervo do VOCALISTA, LETRISTA, COMPOSITOR, POETA, CANTOR, uma das melhores vozes do Brasil. Inúmeras fotos, quadros, capas de discos, CD`s, manuscritos
originais, posters, roupas de show e prêmios que ilustram a carreira do
artista, tanto ao lado dos companheiros do Barão Vermelho, como na fase solo.
Rua Pinheiro Machado, 39 - Laranjeiras - RJ
Aberto de segunda a sexta em horário comercial.
Rua Pinheiro Machado, 39 - Laranjeiras - RJ
Aberto de segunda a sexta em horário comercial.
Muito obrigado! o Brasil agradece ao cidadão Sr. Agenor de Miranda Araújo Neto, o nosso CAZUZA, por sua passagem meteórica, porém memoráveis mensagens ideológicas em seus poemas transformados em lindas melodias musicais, e a sua total coragem de viver plenamente, sem medo nem hipocrisia, a primeira pessoa pública brasileira, ícone da música brasileira, a assumir publicamente ser bissexual, e em 1989 ser soropositivo, escancarando ao mundo o tabu da nova doença do século XXI, abrindo espaço na sociedade para conversa aberta na mídia e no cotidiano, trazendo alento à milhares de soropositivos na época, vivendo na escuridão da sociedade.
Quem sabe, num futuro qualquer, CAZUZA, não seja sinônimo de "Exageradamente franco", e entre no dicionário do Aurélio.
* CAZUZA, palavra que, no Nordeste, é sinônimo de "moleque", dado por seu pai ainda na barriga da mãe.
E, quem sabe o IPHAN ou a UNESCO não inclua em sua lista PATRIMÔNIO PESSOAL, e o CAZUZA ser o primeiro da lista?, fazer parte da Academia de Letras? seria pouco!
E, quem sabe o IPHAN ou a UNESCO não inclua em sua lista PATRIMÔNIO PESSOAL, e o CAZUZA ser o primeiro da lista?, fazer parte da Academia de Letras? seria pouco!
Seus restos mortais descansam na sua cidade natal do Rio de janeiro, no bairro do Botafogo, no Cemitério São João Batista - RJ - Brasil, mas como ele disse, o amor agente inventa, a Fundação Viva Cazuza continua inventando amor em milhares de vidas, C A Z U Z A não pára !!!!!!!!!!!!!!
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