Por Mauro Tapias Gomes
Um pouco de história
A influência africana, como se sabe, contribuiu enormemente para a formação das sociedades das Américas. No caso do Brasil, isso não é menos verdade.
A escravidão dos negros no país começou no século XVI. Os portugueses os traziam principalmente das suas colônias (atualmente Moçambique e Angola, por exemplo), mas também de outros locais - como os atuais países da Nigéria e Benin, por exemplo - para servir de mão-de-obra nos engenhos de açúcar. A partir do século XVIII, passaram a ser trazidos com o objetivo de fazê-los trabalhar nas minas de ouro. Daí em diante, eles foram espalhados e espalharam-se pelo país, mas sua concentração maior ocorre hoje no Sudeste e no Nordeste.
Como seria de esperar, não existem dados confiáveis a respeito do comércio de escravos africanos, mas estima-se que mais de 30% dos negros trazidos para as Américas vieram para o Brasil. O pesquisador Vainfas(1) conclui que esse número se aproxima dos 4,5 milhões de pessoas, ao longo do período colonial.
O Museu
O Museu Afro-Brasil está localizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, num dos edifícios projetados por Oscar Niemeyer. Tem mais de quatro mil obras, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidas a partir do século XV, e foi inaugurado em 2004. O principal objetivo da instituição é constituir um centro de reflexão sobre a cultura afro-brasileira.
A principal alma do Museu foi e continua sendo seu atual curador-diretor, o respeitadíssimo artista plástico Emanoel Araújo. Foi dele a iniciativa de criá-lo e foi ele quem fez a doação, em regime de comodato, de mais de mil obras de sua coleção particular.
O Acervo
O acervo do Museu é constituído principalmente de artigos destinados ao uso religioso ou ritual, como deuses e entidades divinas, e de artigos de uso cotidiano. Pode-se obter na Wikipedia ou no próprio site da instituição mais informações sobre os itens expostos; os respectivos endereços vêm abaixo.
Notas de rodapé
(1) VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário