Partindo-se da frase "Um povo não se faz sem sua história", podemos dar um passo adiante e dizer que história não se faz sem memória. Não se narra a história de uma pessoa, um lugar ou mesmo um país se não houver um trabalho de resgate da memória histórica, resgate este que pode vir de entrevistas com pessoas que presenciaram os fatos ou foram contemporâneas a eles, ou então, resgate construído através de pesquisa em livros, documentos ou in loco.
Nesta pesquisa, o patrimônio artístico, histórico e/ou cultural é de suma importância. Patrimônio material ou imaterial, público ou privado, o importante é que ele seja um fator que venha a confirmar, negar ou dialogar com narrativas pessoais, documentos históricos ou pesquisas sérias.
Não há patrimônio sem preservação e a preservação fica prejudicada se não há a conservação cotidiana que deveria refletir o respeito de uma população ou de um governo pelos bens que ajudaram a formar esta dada nação.
Acho que este embricamento entre memória, história, patrimônio, preservação e conservação torna-se uma coisa delicada quando precisa, e isto é um fato, ter como base inequívoca a conscientização e consequente participação das partes públicas e privadas de qualquer e toda sociedade.
Sem a conscientização e participação efetivas da sociedade tudo isto que estamos discutindo neste texto torna-se deficiente, capenga, e corre o risco de ir por água abaixo.
Que legal! E é através da memória que os sujeitos adquirem a consciência política. Valorizamos aquilo que socialmente concebemos como nosso. Ou seja, se há descaso e indiferença com o público, não há compromisso para tratar de bens que são de todos. É como você fala, Fernando, uma coisa depende da outra. E todas as práticas e sentidos - preservação, pertencimento, conservação, carinho, identificação, salvaguarda, etc. - estão imbricadas. :)
ResponderExcluirTambém concordo que a indiferença nos dias atuais é brutal. Como iremos preservar se não temos o pertencimento, não sentimos fazendo parte da nossa cidade, do nosso bairro. Muito bom, Fernando! Vamos aguçando as reflexões, a nossa memória ou até mesmo começar a construir nossa identidade.
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