Pinacoteca do Estado - Por Samir Mendes
Por Marina Faleiro
Até pouco tempo eu não sabia a importância dos lugares, mal sabia que eles existiam, nunca tinha visto e nem qual história por trás daquilo.
Agora me vejo fascinada pela cidade, por seus monumentos, sua história, pelos lugares que me causam aquela curiosidade.
Mas por que só agora? - Acredito que falta na nossa formação esse conhecimento, falta a troca, que deveria vir lá do ensino médio, falta a curiosidade nas pessoas. Pessoas passam por lugares importantes, monumentos, e nem sabem o que aconteceu ali, não se interessam, é só mais um lugar...
Chega a ser vergonhoso passar por lugares e não saber o que é, o que representa, um lugar próximo, na sua cidade ou bairro, ao menos você deveria saber o nome, mas não...
Estava conversando com minha mãe sobre o centro velho de São Paulo, sobre alguns lugares e monumentos, e á vi fascinada ao saber algumas coisas, ela também não conhecia nada, e só agora aos 52 anos foi descobrir sobre a cidade que mora!
Pensando nisso, esse "fascínio" deveria acontecer cedo, nas escolas, por exemplo, que muitas vezes as competências de arte e história falham.
Por quê não aulas especiais de patrimônio?
Ir, visitar os lugares com os alunos, ter a conversa com as pessoas, resgatar a "memória", deve haver essa troca no nosso dia-a-dia, e não só aquela aula na sala, onde só o professor fala.
Enfim, nunca me vi tão envolvida com a cidade, com os lugares e monumentos, nunca tive tanta preocupação como agora, quando ouço que pixaram, estragaram "tal" lugar, tal obra ou monumento, me vejo em fúria, e me pergunto o porque fizeram aquilo?
Não sabem a importância, e isso é falta de informação, o nosso ensino está falhando!
Devemos acordar, antes que nossos patrimônios sumam, já que o tombamento ás vezes não é o suficiente.
É, Marina, realmente, concordo com você. Precisamos estar atentos se as crianças têm se apropriado de suas histórias, se elas significam a estação da Luz, por ex., como um lugar importante para seu cotidiano e de muitos amigos, colegas e familiares. E que, além disso, já foi cenário de passagem de outras famílias, amigos e colegas num outro tempo, também muito importante para a história da cidade, dos sujeitos e delas mesmas, quando simplesmente coabitam e/ou vivenciam temporariamente aquele lugar.
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