por Anderson Silva, Carlos Alberto, Fernanda Barbosa, Francisco César, Janaína Teixeira
Nos baseamos em entrevistas entre os alunos da sala, ligados a Zona Leste de alguma forma!
A Zona Leste já foi berço, foi ou é morada para muitos de nós, então há multiplas visões da Zona Leste em fases diferentes.
A lenta expansão, a passagem de área rural para área urbanizada, foi o que inicialmente marcou a Zona Leste. Outro ponto marcante foi o fato de ser uma região inteira tida como "dormitório" a partir da década de 60 e se prolongando por muitas décadas à frente, pois por ser uma região inicialmente com valores imobiliários baixos, foi ocupada por operários de vários ramos da economia, trabalhadores de outros bairros mais próximos ao centro da cidade com forte comércio e industrialização, como os bairros do Brás e da Moóca.
A urbanização trouxe um "ar frio" para os primeiros bairros da Zona Leste à partir do centro, pois o ar pacato e as brincadeiras de rua, assim como as tradições de pessoas do interior e imigrantes foram se perdendo aos poucos.
A chegada de imigrantes e migrantes deu a cara cultural da Zona Leste como o sotaque italiano da Moóca, ou as casas de tradições nordestinas em São Miguel Paulista.
A implantação de vias como Radial Leste e Av. São Miguel inicialmente, e a chegada da Linha Vermelha do Metro, trouxe uma melhor mobilidade e possibilidade de crescimento economico da região. Nos últimos 20 anos os shoppings centers próximo a estações de metro como o Tatuape e Itaquera, ou no centro dos bairros como o Penha e Aricanduva, assim como serviços como o Poupa Tempo e grandes hospitais como o Santa Marcelina no Itaim Paulista, mudaram o conceito de deslocamento em grande parcela, pois as pessoas resolviam suas coisas no centro, chamado de "cidade".
Grandes parques como o Parque do Carmo, Piqueri e Estoril, e iniciativas do governo como as unidades do Sesc, são pontos turísticos da Zona Leste aproveitados por grande parte da população, mas o costume de aproveitamento de outros elementos como as unidades do CEU e centros culturais no centro de cada bairro ainda não é visto como turismo, e sim como questões educativas... mas o turismo é educação também!
Lugares como esse, poderiam ser pontos especializados, nos quais se poderia fazer um circuito turistico que passasse bairro a bairro, com passeios temáticos.
Que legal, gente! A ZL tem muita coisa legal mesmo, limitamo-nos em focarmos em circuitos tradicionais pelos grandes centros e áreas mais abastadas. Aliás, uma tendência é inovar e multiplicar possibilidades de interação.
ResponderExcluirA criação de produtos turísticos, como um roteiro receptivo, é um trabalho que pode transformar a realidade local. Imagina começarmos isso?!