sexta-feira, 28 de março de 2014

São Paulo... Capital dos Negócios... Será?

Por Janaina Teixeira

São Paulo uma cidade linda e maravilhosa, conhecida por suas diversidades. Mas seu forte como dizem por aí... que é mais conhecida mesmo como a capital dos negócios. Segundo o site Visite São Paulo mais de 50% dos turistas viajam para São Paulo á negócios. Aqui se concentram a maioria das empresas privadas nacionais e sede de grupos empresariais de outros países. São Paulo também reúne o maior número de eventos e feiras de negócios do Brasil. São mais de 90 mil eventos por ano - um evento a cada 6 minutos. E a maioria dos hotéis são destinados aos Business, com taxas de ocupações elevadas na semana. Isso faz com que São Paulo seja a capital dos negócios. 

Então, a capital paulistana é somente a capital brasileira dos negócios?


Olhar dos turistas antes de conhecer São Paulo...
Foto: https://www.google.com.br/search?q=fotos+avenida+paulista&biw

Com esse tipo de olhar que os turistas tem da nossa cidade a SPTuris lançou: "Fique mais um dia".
É uma campanha lançada para os empresários, para os turistas que vem para um evento, fica a semana inteira e no fim de semana vai embora sem ao menos conhecer nossa cidade. Com o "Fique mais um dia", eles podem trazer seus familiares ou mesmo sozinhos podem conhecer as maravilhas e sensações que São Paulo pode proporcionar-lhes. 
Então vem a pergunta: Quem pode mostrar essas maravilhas e mudar esse olhar dos turistas??!! Aí que vem os Guias de Turismo e realizam este trabalho. Trabalho este não só de apresentar a cidade, mas sim de ocasionar outro tipo de visão para esse tipo de turista. Fazer com que reconheçam que São Paulo não é só a capital dos negócios; que essa cidade tem muitas diversidades  culturais e naturais para oferecer e assim reconhecer que São Paulo é uma cidade completa.


 Olhar do Turista depois de conhecer a cidade de São Paulo, com a ajuda de um profissional: 
O Guia de Turismo   
                                                      Foto: https://www.google.com.br/search?q=fotos+masp&biw                                                             
Foto: https://www.google.com.br/search?q=fotos+parque+ibirapuera&biw

Turistas deixem de olhar São Paulo com a capital dos negócios...
Guias de Turismo todos precisam conhecer São Paulo, quem muda essa visão é você!!!



Que tal passar suas férias em Vuriloche?

por Brenda Alvarez Rodriguez

Vamos falar de uma cidade localizada na Argentina, cujo o nome vem da língua dos índios mapuche, que significa “povo de trás da montanha”.

Já conseguiu identificar essa cidade?

Essa é San Carlos de Bariloche (Vuriloche), em 1895, com a chegada de um imigrante alemão Karl Wierderhold, que ali criou um armazém, deu-se a fundação da cidade.

Bariloche está localizada na província de Rio Negro na fronteira com o Chile. Rodeado por lagos como o Nahuel Huapi.

Mas quando falamos de Bariloche pensamos em ...?

Certamente nas estações de Ski, no gelo, nas cordilheiras, aquela paisagem belíssima que nos brasileiros não estamos acostumados a ver. Será que Bariloche é só isso?  O que acontece nas outras estações fora a temporada de inverno? Quais atrativos podemos visitar no verão, no outono e na primavera?

O Circuito Chico, é o clássico, é o circuito das paisagens de Bariloche, com direito a mirantes e teleférico.

Em outras temporadas é possível fazer a travessia dos Lagos Andinos, famoso pela travessia de catamarã, onde há oportunidade de alimentar os pássaros que se aproximam.

Visitar o Parque Nacional Nahuel Huapi, seus principais atrativos são os lagos: Guitérrez, Guillelmo, Mascardi e Rio Manso onde é possível praticar a pesca esportiva, caiaque e ainda ver cascatas e saltos naturais provenientes do derretimento das geleiras que cobrem a montanha. Dica: durante o inverno não há a possibilidade de fazer um passeio dentro do parque devido a neve que inviabiliza o transporte no local.

                                         Fonte:  <http://en.wikipedia.org/wiki/File:Gutierrez_Lake.JPG>  


No turismo é importante que a população local saiba receber bem os turistas para que eles voltem para aproveitar outros encantos. Uma boa conscientização da população e dos profissionais de turismo faz com que isso aconteça. Desde do acolhimento, à informações de restaurantes, outros atrativos onde pessoas locais frequentam, afinal, o que muitos turistas gostam de ver é como a população local realmente vive.

Se vimos tantos atrativos porque os turistas não visitam a cidade em outras temporadas? Será que a cidade não serve para outra coisa a não ser para o inverno? O que nos leva a valorizar Bariloche como cenário? Será que o turismo que praticamos valoriza as culturas ou apenas as paisagens?



ANTITUIRISMO - TURISMO EM FAVELAS

Por Kimico Tamura - guia A13



No Brasil, FAVELA, é nome de uma planta rasteira do sertão nordestino, que em contato com a pele provocava grande irritação, e era encontrada no morro da providência, onde os ex-escravos, imigrantes construíam suas moradias ao pé do morro, proliferando verdadeiramente quando os soldados que batalharam na guerra dos Canudos, voltaram para casa sem receber os soldos, tiveram permissão do governo de construírem suas moradias juntamente com os já existentes. Este espaço era conhecido como MORRO DA FAVELA, e a partir daí, todo espaço habitado por seres humanos em áreas irregulares, portanto sem nenhum serviço público, nem ao menos o saneamento básico, era conhecida como favela, que com o tempo virou substantivo.

À primeira vista parece que FAVELA só existe no Brasil, mas estudos revelam que as FAVELAS, ou áreas habitadas irregularmente, como alguns definem esse espaço, EXISTE no mundo TODO, desde que o homem criou regras de comodidade do bem viver, e desencadeando as diferenças sociais, quem tem mais, pode mais, consequentemente, quem tem mais habita numa casa confortável no centro da cidade, quem não pode se sacode, como diz o dito popular.
Nomenclaturas diferentes em cada região, por exemplo em inglês é SLUM ( assentamento precário),   em português europeu é BAIRRO DE LATA, em português angolano MUSSEQUE, não importa o nome, mas básicamente as condições habitacionais são semelhantes em qualquer FAVELA, e, aqui no Brasil, as favelas mais conhecidas mundialmente são as do Rio de Janeiro, onde o jovem Marcelo Armstrong começou há 22 anos levando turistas para a Rocinha, atividade que por sinal já era explorada desde sempre pela Indonésia, Tailândia, Nepal e outros.
Não temos como negar que o TURISMO EM FAVELAS está em alta, inclusive o governo estadual do Rio de Janeiro pretende investir em comunidades pacificadas, levando infra-estrutura comercial para melhor aproveitar o boom econômico que os turistas trazem à cidade, a questão é: trará melhoria à comunidade como um todo ou trará somente notoriedade ao local sem deixar rastros positivos aos habitantes que compõe a favela?
Um turismo de favela louvável e benéfico à comunidade, que exige que o turista tenha um papel ativo em ajudar os moradores  do lixão,   por exemplo  é o realizado por um grupo ligado à igreja Mazatlan no México, o passeio é gratuito, porém eles pedem que ajudem a encher garrafas com água filtrada,  preparar os lanches para serem distribuídos.
Muitos críticos em todo o mundo, questionam o que o próprio turista vai procurar nesses lugares, será que ele tem consciência do que está vendo? a pobreza, a condição sub-humana, a degradação do ser humano, que pode ser definido como turismo de Voyeurismo. Qual o seu comportamento nesses lugares, ele respeita o espaço não deixando mais sujeira, é respeitoso com a cultura, tradições, regras locais, ou não respeita porque não é seu território, aquele espaço não lhe pertence, portanto não é responsável pela manutenção e conservação. Ou apenas é um modismo da época, do século XXI, onde os poderosos , ou quem tem mais, que não conheceram e não sabem o que é ser pobre, querem vivenciar a pobreza por algumas horas, depois voltar ao seu hotel confortável com direito a ducha, ar condicionado, e água potável em abundância, e ter a sensação de um herói, INDIANA JONES urbano, por ter explorado algumas horas um território totalmente estranho acompanhado confortavelmente por um guia "nativo", e se o turista vier ao Rio, provavelmente volte ao seu país, falando MORRRRO DO SÁMMBA, com souvenier, roupas, adereços brasileiros, típicamente um gringo enfeitado de brasileiro, convicto de que fez um ato de generosidade à humanidade, com a sensação de missão cumprida, agora posso morrer em paz.
Não podemos criticar, pois muitos brasileiros nem conhecem nossas favelas, porém muitos vão ao exterior e se espantam que até na Europa, Ásia, Estados Unidos e muitos outros países do primeiro mundo enfrentam os mesmos problemas habitacionais, diferenças sociais graves. É igual dívida, só muda o credor.






O outro lado do Pelourinho

Por: Jaqueline e Antonio

Começando pelo Centro histórico de salvador, queremos ressaltar um de um olhar desprezado pelas pessoas como por exemplo pessoas que tiveram suas casas desapropriadas por causa da reforma no pelourinho e por causa disso nunca mais puderam voltar as suas antigas propriedades, e essas pessoas que cresceram e fizeram o Pelourinho com a sua cultura estão perdendo a sua identidade e seus bens por causa da demanda turística.    
Pelourinho que é classificado pela Unesco por causa de seu imenso valor histórico e sua beleza das casas com arquitetura neocolonial.É um dos principais pontos de convergência de culturas indígenas, europeias, africanos americanos é um lugar montanhoso de beleza incomparável e que é muito procurado pelos turistas por causa de um esteriótipo sem um contexto real. 
O que mais atrai os turistas é a Fitinha do Bom Fim, Olodum, Capoeira, praia e a famosa visita do Michael Jackson.
Sendo que o contexto é que as pessoas não se preocupam em conhecer a historia real naquele lugar tão bonito e tão mau cuidado com problemas de pessoas em estado de rua,  falta de segurança, vandalismo nos patrimônios e ninguém olhando para o que foi degradado. 

O que deveria ser feito seria a conscientização dos patrimônios, seus significados e sua importância para gerações futuras no momento adequado onde o turista pode atender os seus desejos e também ter interesse na historia, como por exemplo a Fitinha do Bom Fim que não é vendida, só para enfeitar é e sim a tradição e historia da cultura do povo Baiano.



Anti-turismo - A dor e a delícia de ser o que é!



Por Fernando Mello

Quem caminha no Rio de Janeiro por Copacabana, Ipanema ou Leblon vai encontrar muitos turistas, entre brasileiros e estrangeiros, todos engajados na antiga arte de conhecer uma nova cidade através de seus atrativos mais propagados pela mídia e pelas agências de viagem.Muitos destes turistas já pesquisaram em blogs e páginas do Booking.com sobre os atrativos que mais valem a pena ser visitados, os restaurantes da moda, ou os que têm a comida caseira mais em conta. A favela está na moda, pois pacificada; e quem vai deixar de subir ao Cristo Redentor ou a Santa Teresa, mesmo que o bondinho esteja desativado, vítima do pouco caso administrativo?Mas será que a Cidade Maravilhosa, epíteto por si só já transformado no maior cliché da cidade, só tem isso a oferecer? Quem vê esses atrativos realmente conhece o Rio? Ele se resume ao Pão de Açúcar, às belezas naturais e ao samba? Onde está o espírito carioca?Aí entra a pessoa do guia de turismo. Como ele pode contribuir na hora de proporcionar uma experiência inigualável, e não apenas cumprir o que esta detalhado no pacote turístico? Como "desconstruir" o lugar comum e oferecer uma cidade que é única e que poderá se tornar inesquecível? A resposta estaria no estilo de vida carioca? Seria a "beach culture", que os americanos tanto ressaltam no estilo brasileiro de viver? Seria a descontração de uma caminhada a beira-mar, ou uma corrida em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas? Um açaí na tigela? O ensaio da Unidos da Tijuca um mês antes do Carnaval?
Foto Fernando Mello
A dor começa aí! E a delícia também! Pois o turista não é um só, na figura do turista está contida a mesma diversidade de toda e qualquer cultura moderna...assim como cada guia é um tipo de pessoa e tem suas idiossincrasias, o turista também o é, e ele está inserido em um grupo que contem outros turistas que trazem consigo gostos e desejos próprios, e histórias de vida que tornam cada um único.  A dor e a delícia embutidas na profissão de guia de turismo estão em identificar o "espírito" do grupo e, uma vez descoberto este espírito, proporcionar uma vivência local que funcione como contraste ou extensão da vida e do cotidiano do turista. É uma tarefa fácil? É sempre bem sucedida? Onde está o manual de instruções? Qual a resposta? Well, I never promised you a rose garden...