quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Patrimônio X Memória, Preservação X Conservação

por Fernando Mello

Partindo-se da frase "Um povo não se faz sem sua história", podemos dar um passo adiante  e dizer que história não se faz sem memória. Não se narra a história de uma pessoa, um lugar ou mesmo um país se não houver um trabalho de resgate da memória histórica, resgate este que pode vir de entrevistas com pessoas que presenciaram os fatos ou foram contemporâneas a eles, ou então, resgate construído através de pesquisa em livros, documentos ou in loco.
Nesta pesquisa, o patrimônio artístico, histórico e/ou cultural é de suma importância. Patrimônio material ou imaterial, público ou privado, o importante é que ele seja um fator que venha a confirmar, negar ou dialogar com narrativas pessoais, documentos históricos ou pesquisas sérias.
Não há patrimônio sem preservação e a preservação fica prejudicada se não há a conservação cotidiana que deveria refletir o respeito de uma população ou de um governo pelos bens que ajudaram a formar esta dada nação.
Acho que este embricamento entre memória, história, patrimônio, preservação e conservação torna-se uma coisa delicada quando precisa, e isto é um fato, ter como base inequívoca a conscientização e consequente participação das partes públicas e privadas de qualquer e toda sociedade.
Sem a conscientização e participação efetivas da sociedade tudo isto que estamos discutindo neste texto torna-se deficiente, capenga, e corre o risco de ir por água abaixo.


Foto: Fernando Mello
É um trabalho importante e árduo, mas não pode e não deve estar fora da pauta de qualquer governo que se preze e que deseje construir uma nação que não esteja inexoravelmente condenada ao aqui e agora.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Patrimônio São Paulo "Memória"



Por Lucas Santos

Memórias minhas memórias 
Eu guardo eu conto as minhas histórias!
O que será que vai acontecer 
Se o tempo passar e eu esquecer 
O bolo da vó o tio Zé Carijó 

Importa o concreto firme e reto
Importa à memória que conta a história 
De um tempo distante
De um tempo de outrora 

Meu patrimônio 
É minha memória 
Que conta o ponto 
E preserva à história 


Visita Mediada - Casa das Rosas SP



Por Yuna Takebayashi Cruz  


Primeiramente foi uma aula diferente, então foi legal.
Acolhimento numa sala pequena mais estávamos rodeados de conhecimento: " os livros, as histórias".
Tivemos atividades educativas, criativas que nos fizeram refletir sobre o patrimônio, sobre o Brasil, São Paulo.
Tivemos também um vídeo. Além de no final nos proporcionar uma outra dinâmica no meio da exposição com os olhos fechados, foi demais!
Lugar que está acessível também, mostra a qualidade do lugar.
Uma única crítica, é que achei que faltou mais sobre a história da casa, esperava mais, algo curioso, diferente nesse sentido.
Mas faço o meu fichamento com um ótimo, querendo ou não, aprendi muito.
Ao olhar o comportamento, aprender brincadeiras e jeitos diferentes.


Agora, observem a comunicação com a imagem a diferença:



Antigamente, como era a Casa das Rosas.


Como ela esta atualmente, observem os edifícios atras, exibindo a modernidade!

Fonte Imagens: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHBIPcRaEHNpIV3gUy9YMBgQxXuN_3s6WmHAUXMPCW6my2mieRq5y8T2otIPHbF1IOwuIZ2XXRMwravHPYpwfxqmBoxeRo4p866ywYDGvG1iWFWavcH4E1n0kUI5aHKPtXva2X_L5FJq4/s1600/imagens+rosas+vermelhas.jpg
                      http://welovesampa.com/wp-content/uploads/2013/06/casa-das-rosas-ramos-de-azevedo.jpg
                      http://www.saopaulo.sp.gov.br/bancoImagens/albuns/7010/_d30075.jpg

Como se apaixonar por algo desconhecido...

Por Cintya Priscila de Almeida


Não foi muito fácil, é como começar um relacionamento, você se interessa e depois... Enfim, queria fazer um curso livre que tivesse haver com o turismo, entrei no site e comecei a ler tudo o que me despertasse a curiosidade, quando li referente ao Guia de Turismo, não tive dúvidas que seria esse, nas escuras comecei o curso porque para mim tudo era novo, nunca ouvi ou vi algo do gênero. Bom tudo novo, frio na barriga, vários serás, mas conforme foi passando os meses tive a certeza que achei o que procurava.

Claro que para qualquer pessoa que goste de arte ou história, "não que eu não goste, mas não tinha tanto contato assim com nenhum dos dois", não seria tanta novidade do        que foi para mim.






Aprendi muito sobre acessibilidade, sobre arte, história de uma cidade que apenas moro e que apenas vivo por viver e passo sem ver. Melancólico não é? Por que muitas pessoas vivem assim, trabalhamos tanto e nossas vidas são tão corridas que não nos damos conta de tantos acontecimentos, que temos na nossa cidade que é essa São Paulo.
 
  Ouvi que as pessoas esperam tanto dos fins de semana que a semana parece ser tão sacrificante, sendo que nós deveríamos fazer de nossos dias todos felizes e não só quando apenas chegar um fim de semana, ou a tão esperadas férias.
Eu mesma ás vezes não preciso nem sair do lugar que estou para viajar nas sensações e emoções que tenho quando penso em tudo que aprendi e o que tenho que aprender, e a cada dia que passa a cada visita feita, a cada experiência trocada eu fico cada vez mais empolgada e apaixonada pelo
o que escolhi fazer.

  Fotos: davidepetilli.com

O Que Seria Patrimônio?



    Pinacoteca do Estado - Por Samir Mendes

Por Marina Faleiro

Até pouco tempo eu não sabia a importância dos lugares, mal sabia que eles existiam, nunca tinha visto e nem qual história por trás daquilo.
Agora me vejo fascinada pela cidade, por seus monumentos, sua história, pelos lugares que me causam aquela curiosidade. 
   Mas por que só agora? - Acredito que falta na nossa formação esse conhecimento, falta a troca, que deveria vir lá do ensino médio, falta a curiosidade nas pessoas. Pessoas passam por lugares importantes, monumentos, e nem sabem o que aconteceu ali, não se interessam, é só mais um lugar...
Chega a ser vergonhoso passar por lugares e não saber o que é, o que representa, um lugar próximo, na sua cidade ou bairro, ao menos você deveria saber o nome, mas não...
Estava conversando com minha mãe sobre o centro velho de São Paulo, sobre alguns lugares e monumentos, e á vi fascinada ao saber algumas coisas, ela também não conhecia nada, e só agora aos 52 anos foi descobrir sobre a cidade que mora!
Pensando nisso, esse "fascínio" deveria acontecer cedo, nas escolas, por exemplo, que muitas vezes as competências de arte e história falham. 
Por quê não aulas especiais de patrimônio?
Ir, visitar os lugares com os alunos, ter a conversa com as pessoas, resgatar a "memória", deve haver essa troca no nosso dia-a-dia, e não só aquela aula na sala, onde só o professor fala.
Enfim, nunca me vi tão envolvida com a cidade, com os lugares e monumentos, nunca tive tanta preocupação como agora, quando ouço que pixaram, estragaram "tal" lugar, tal obra ou monumento, me vejo em fúria, e me pergunto o porque fizeram aquilo?
Não sabem a importância, e isso é falta de informação, o nosso ensino está falhando!
Devemos acordar, antes que nossos patrimônios sumam, já que o tombamento ás vezes não é o suficiente.